Episódio 108: o III Concílio de Constantinopla

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O III Concílio de Constantinopla, realizado entre 680 e 681, foi um marco na história da Igreja, representando o sexto dos vinte e um concílios ecumênicos essenciais para a definição da ortodoxia cristã. Este concílio abordou a controvérsia do monotelismo, que questionava se Cristo possuía uma ou duas vontades — uma divina e outra humana. Este debate não era apenas uma questão teológica abstrata, mas fundamental para entender a identidade de Cristo e suas implicações para a relação entre a humanidade e o divino, bem como para a salvação.

Sob o comando do Imperador Constantino IV, com a colaboração de representantes do Oriente e do Ocidente, incluindo delegados enviados pelo Papa Agatão, o concílio afirmou decisivamente que Cristo tem duas vontades distintas, refletindo sua natureza tanto divina quanto humana. Esta decisão reforçou a compreensão da complexidade de Cristo e ajudou a manter a unidade da Igreja diante de interpretações divergentes.

Além de resolver esta importante questão teológica, o concílio reafirmou a autoridade do Papa e a coesão entre a Igreja do Oriente e do Ocidente, solidificando a ortodoxia cristã e a unidade eclesial. Os decretos foram promulgados em todo o império e a doutrina aprovada foi ratificada por todos os bispos do Ocidente, garantindo a transmissão fiel da verdadeira doutrina cristã através das gerações. Este concílio, assim, não apenas resolveu uma questão teológica fundamental, mas também reafirmou a autoridade do Papa e a coesão entre a Igreja do Oriente e do Ocidente, solidificando a ortodoxia cristã e a unidade eclesial.