Episódio 90. Especial Terra santa: Jerusalém

12/04/2024

Especial Terra santa: Jerusalém 

Chegamos ao ponto alto da nossa peregrinação. Hoje vamos acompanhar o Senhor na sua subida ao Calvário. Vamos celebrar a Santa Missa – que nos faz, pelo sacramento, "contemporâneos" aos eventos da Paixão, Morte e Ressurreição – no lugar que foi "testemunha" desses acontecimentos que mudaram a história da humanidade e, sobretudo, a vida de cada um de nós. Ao atravessar a "Via dolorosa", poderemos contemplar diante dos nossos olhos como se cumpriu a profecia de Isaías ((Is 53,2-9): "Não fazia vista, nem tinha beleza a atrair o olhar, não tinha aparência que agradasse. 3.Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento. 4.Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas dores, que levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado. 5.Mas estava sendo traspassado por causa de nossas rebeldias, estava sendo esmagado por nossos pecados. O castigo que teríamos pagar caiu sobre ele, com os seus ferimentos veio a cura para nós. 6.Como ovelhas estávamos todos perdidos, cada qual ia em frente por seu caminho. Foi então que o SENHOR fez cair sobre ele o peso dos pecados de todos nós." 7.Oprimido, ele se rebaixou, nem abriu a boca! Como cordeiro levado ao matadouro ou ovelha diante do tosquiador, ele ficou calado, sem abrir a boca. 8.Sem ordem de prisão e sem sentença, foi detido, e quem se preocupou com a vida dele? Foi arrancado da terra dos vivos, ferido de morte pelas rebeldias do meu povo. 9.Sua sepultura foi colocada junto à dos criminosos, seu túmulo ao lado da tumba dos ricos. Mas ele jamais cometeu injustiça, mentira nunca esteve em sua boca" Na Igreja do Santo Sepulcro, a realidade da Crucifixão de Cristo – por mim e por você – quase que vai se impor diante dos nossos olhos e, com a graça de Deus, no nosso coração. Na nossa oração, poderemos fazer companhia a Jesus, pregado na Cruz, ao lado de Nossa Senhora que, como fizera a João, nos fortalecerá para que não esmoreçamos no momento em que as trevas parecem triunfar. Poderemos tentar compartilhar os sentimentos de Cristo, como nos convida São Paulo na sua Carta aos Filipenses (cf. Fil 2, 5-11) naquele momento derradeiro. Mas, sobretudo, seremos tomados de alegria ao celebrar – e pelo sacramento, repitamos, seremos contemporâneos àquele momento – a Ressurreição de Cristo. Imaginemos a alegria de Maria Madalena quando escutou a voz do Senhor que ressuscitara, que a chamava pelo nome: Maria! Ele nos chamará também pelo nome! (cf. João 20,16). Façamos pois nossas as palavras do Salmo 16: 

=9 Eis por que meu coração está em festa,
† minha alma rejubila de alegria, *
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
–10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,
* nem vosso amigo conhecer a corrupção.
=11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
† junto a vós, felicidade sem limites,
* delícia eterna e alegria ao vosso lado!